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Bacharelando em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba - UEPB, estagiário na Assessoria de Comunicação de uma instituição em Campina Grande-PB e compositor/vocalista/baixista de uma banda de rock 'n' roll da cidade.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CCJ aprovou projeto que restabelece a exigência do diploma jornalístico -- Onde está o destaque merecido?

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou na manhã desta quarta feira a proposta de emenda a constituição que restabelece a obrigatoriedade do diploma jornalístico para o exercício da profissão. Em junho deste ano, o STF julgou que o diploma não mais seria uma exigência para os profissionais da área.

O autor da PEC, deputado Paulo Pimenta (PT-RS) comemorou a aprovação deste projeto. Ele afirma que com isso, os argumentos contrários ao diploma são derrubados. Pimenta valoriza a manifestação popular pela internet, já que a grande mídia ignorou a proposta. “Através da internet nós podemos constituir uma rede poderosa de influência que acompanhe o posicionamento dos parlamentares”, afirmou.

O deputado relator da matéria Mauricio Rands (PT-PE) destaca a importância do diploma. Segundo ele, “a matéria prima com que lidam os jornalistas é essencial para a formação da vontade democrática da nação, então é importante que haja a formação de nível superior destes profissionais, para que haja rigor ético e técnico no trato das informações”.

Já o deputado Gerson Peres do (PT-PA) foi contra a aprovação. Mesmo sendo a favor do diploma, ele afirma que a obrigação dele na constituição é um privilegio inaceitável. Ele destaca que a emenda deixa os jornalistas numa saia curta, e questiona o fato de estes profissionais serem inclusos na constituição em detrimento de todos os outros profissionais.

A Câmara deve criar agora uma comissão especial para tratar do mérito da proposta antes de ela seguir para o plenário.

--Interessante algo tão importante estar acontecendo e a mídia parece não estar muito preocupada em divulgar este fato. Façamos nossa parte por aqui.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Domingo é dia de TV

“Gugu vai transformar a vida de morador de rua”

Esta é a frase em destaque na tela enquanto o bondoso cordeiro “entrevista” o pobre do mendigo, e do seu rosto escorrem muitas lágrimas. O fundo musical é uma canção destas que buscam tocar o coração de quem escuta, tentando arrancar alguma emoção do telespectador ou algo parecido. Todo mundo comovido! Chora o mendigo, a esposa dele, o próprio entrevistador, quem tá assistindo, quem só estava passando pela sala, etc.

“Ele vai mudar a vida do pobre” – é o que ouço quando passo e paro para ver (não esquento, sou vacinado). A situação é triste: o cara mora embaixo de um viaduto com sua família e uma dezena de pessoas ao redor, junto aos ratos, trapos e lixo. É a cruel realidade de boa parte do Brasil, mas que muitos afirmam não ver – talvez por estar tão abaixo dos olhos de todos, escondidos sob a ponte. Comovente ver as crianças desmanteladas e a mãe afirmando que para comer tem de pedir (e ainda ouvir “piadinhas” e a brutalidade alheia). Tudo é muito sujo, menos o herói-entrevistador, claro, destacando-se com seu terno novo e cabelo tratado a laquê.

Tudo muito tocante, admito. A dona de casa telespectadora atenta deixa que lágrimas caiam de seus olhos e lamentações e pena ecoem pelo ambiente. “Tadinho... tão sujo”, suspira. De repente, todo o clima é interrompido por palmas que vêm da porta clamando atenção junto a um “Dona Mariiaa!! Ô de caasa!!”.

A mulher levanta do sofá carrancuda, como se levado uma pedrada. Quem ousa lhe interromper neste momento? Logo agora! Bota a cabeça na janela que dá para o portão:

- Que é, menino?!
- Boa noite, madame. A senhora teria um pão para eu jantar? To com fome! Qualqué coisa serve.
- Tsc! Tem nada não, viu! Passe outro dia.

E volta para o sofá, pior que quando levantou, resmungando o se sempre: “Não sei o que tem essa casa, que o povo adora vir pedir... ninguém tem sossego. Só vejo baterem aqui pra pedir. Saco!”.

- Quem era, mamãe?
- Ninguém!

Era uma criança de rua, suja, magra e descalça. Queria comida.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Escravo de quem?

Seria necessário mesmo tudo isso? Tenho calos nos pés e minhas costas... o de sempre. Nada demais perto de quem não tem pé ou só mexe a cabeça. Tudo bem, eu sinto muito por estas pessoas, de verdade, só que (porra!) nem consigo me lembrar o que vim fazer aqui agora!

É assim, fazendo muita coisa, sempre a 220 Volts, sobrecarregado e sem tempo sequer pra pensar em qualquer besteira enquanto estou no banheiro. Faz tempo que parei pra escrever porque há muito não paro, e quando tenho idéias, elas se perdem no caminho, pois eu estava apressado demais.

E olhe que não cheguei a ganhar dinheiro suficiente pra lembrar que tenho algo na carteira! A questão ainda não é esta... não falo de dinheiro.
Uma vez ouvi de um professor a frase que mais se encaixa comigo nos últimos tempos. Disse ele: “Você, que se acha demais por realizar cinco atividades em uma só função na empresa que trabalha e se classifica como ‘profissional multifacetado’, está enganado. Você é um escravo!”. Filho da mãe, me enfiou uma faca no peito!
Certíssimo.

Talvez esse seja o meu problema; eu já pensei muito sobre isso, apesar de achar o contrário, mas acho que o problema é eu ainda pensar demais. Não defendo a ignorância. Mas serão menos infelizes os inocentes? Não sei.

Completamente ocupado, atarefado e cansado, mas cheio de uma sensação de vazio, um sentimento de inutilidade...

Escravo... de quem?
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